O Amor e o Vínculo da Perfeição

dois anjos disputando

Mergulharemos nas profundezas da evolução espiritual, explorando as dificuldades enfrentadas no mundo marcado pelas trevas. A interferência do maligno em nossas vidas, o papel dos líderes poderosos e a busca pela conexão divina serão abordados. Descubra como o amor, o vínculo da perfeição, pode ser a luz em meio às sombras, transformando nossa jornada espiritual e nossa relação com o mundo ao nosso redor. Vamos refletir um pouco sobre alguns posicionamentos cristãos a respeito.

Queridos e amados leitores, venho compartilhar um pouco de conhecimento, acerca de um tema sensível hoje em dia, com o intuito de buscar a evolução de nossos espíritos. Nessa jornada neste mundo, encontramos várias dificuldades e barreiras para nossa evolução espiritual. Penso que isto se dá pelo simples fato de que o poder deste mundo foi dado às trevas através de Adão, quando do pecado original. A partir daí, o príncipe das trevas passa a ter poder e, principalmente, autoridade sobre o mundo.

Líderes Poderosos ao Serviço das Trevas

Podemos observar o que é descrito em 1° João 5:19: “O mundo jaz no maligno”. Em algumas outras passagens bíblicas também temos afirmações de que o diabo é tratado como o “príncipe” deste mundo. Quero mostrar o porquê da dificuldade de evoluirmos, pois há muita interferência do maligno utilizando-se de reinos, governos e instituições poderosas para nos afligir.

Com as dificuldades do cotidiano, ocupamos nosso tempo com as coisas que implicam diretamente na nossa subsistência, atrasando nosso desenvolvimento pessoal e da humanidade como um todo, pois não damos importância ao que é realmente substancial. Podemos ver claramente governos sendo usados para causar guerras, fome, desigualdades sociais e todo tipo de mazelas. Entretanto, podemos ver claramente que líderes poderosos estão a serviço do príncipe deste mundo, e um dos maiores indícios que posso citar é encontrado em Mateus 4:8-9, quando vemos que Jesus foi levado ao monte e oferecido todos os reinos da terra se Ele se prostrasse e adorasse:

“E, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles, e disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.”

Podemos observar que Jesus não nega que os reinos da Terra são, de fato, do príncipe das trevas, pois só se oferece aquilo que te pertence e que este poder foi dado ao Diabo até o dia de seu julgamento (o que ainda não ocorreu). Entendam, meus queridos, não esperem alguma melhora através de governos, pois não haverá nada de bom que venha de lá. Os líderes servem ao príncipe deste mundo, pois se não servissem, não ocupariam este lugar de ‘líderes’.

Nosso papel nesse mundo é buscar nossa evolução espiritual e não devemos nos envolver com as causas deste mundo e a referência maior é de Jesus, quando respondeu Pilatos, em João 18:36:

“[…]O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui.[…].

Nesta passagem, Jesus está explicando a Pilatos que o seu reino não é um reino terreno, com lutas políticas ou militares. Em vez disso, o seu reino é espiritual e baseado na verdade. Ele veio ao mundo para testemunhar a verdade e estabelecer um reino celestial, não um reino terreno temporário.

A estratégia do príncipe deste mundo (que nós já sabemos quem é) é, também, fazer com que nos ocupemos ao máximo com as suas – do Diabo – causas substanciais, assim impedindo nosso desenvolvimento espiritual. Em nosso país, tenho observado uma estratégia de dividir a nação através de políticas dos mais diversos tipos, com as pessoas se odiando por conta disso, sendo que pouco importa qual será o político vitorioso. Os políticos servirão ao príncipe do mal, sendo colocados ou retirados de seus cargos de acordo com a conveniência maligna, pois isso é espiritual e não físico. E não há nada que possamos fazer.

Interferência do Maligno

Então, qual o objetivo? Qual a estratégia do mal? Causar o ódio, pois este sentimento sufoca o amor, que é o vínculo da perfeição (Colossenses 3:14), que diz: “Acima de tudo, porém, revistam-se do amor, que é o elo perfeito”. Podemos observar que a estratégia sempre será colocar a humanidade a odiar um ao outro, pois o segredo de nossa evolução é o amor ao próximo (1 João 4:20): “Se alguém diz: ‘Eu amo a Deus’, mas odeia seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê”.

Então, amados irmãos em Cristo, encerro dizendo que o amor é o vínculo da perfeição. Ame o próximo e estaremos amando a Deus, e dessa maneira estaremos evoluindo. Cuidado com as armadilhas que são impostas a vocês todos os dias, porque são travestidas de assuntos sérios, sociais e de grande importância.

Por Carlos José Ciriaco.

Nem tudo que reluz é ouro.

pepita de ouro

Procuradora de Goiás, Brazil, reclama e se envergonha de seu salário pago com dinheiro público. Parece ser um caso de problemas emocionais causados por falta de empatia e talvez uma desconexão social.

O título desse artigo se trata de um provérbio popular que tem sido utilizado ao longo dos anos. É difícil atribuir a autoria dessa expressão, porém é frequentemente associada ao dramaturgo inglês William Shakespeare. No entanto, o uso dessa frase antecede Shakespeare e é encontrado em várias culturas e idiomas ao redor do mundo. Mas o que quero chamar sua atenção é para o fato de que nos deparamos com o seu significado o tempo todo. É uma loucura isso. Pois bem, vamos trazer isso para um lado emocional da coisa.

Recentemente publiquei um pequeno artigo que falava sobre algumas das características da dimensão emocional do ser humano. Falei um pouco sobre sentimentos, a empatia e a necessidade de regulação emocional que todos nós precisamos trabalhar isso.

O texto nos diz que os sentimentos são estados emocionais mais permanentes e complexos do que as emoções e que podem ser influenciadas por crenças, valores e experiências pessoais. Eles incluem a alegria, tristeza, frustração, gratidão e amor. Aconteceu que, nos últimos dias, eu pude experimentar, em poucos minutos, uma intensa distorção de todos esses sentimentos em mim mesmo, por um fato ocorrido, não muito corriqueiro infelizmente, mas que ainda assim, é capaz de gerar estranheza toda a vez que acontece.

Você talvez tenha acompanhado pelos jornais e noticiários o caso de uma Procuradora do Ministério Público de Goiás chamada Carla Fleury. O caso é público, retratado em diversas mídias, é só pesquisar e se inteirar. Numa sessão do Ministério ela reclamou do salário insuficiente de R$ 37 mil por mês (de dinheiro público, diga-se de passagem). Segundo ela esse dinheiro cobre apenas suas pequenas vaidades como brincos, pulseiras e sapatos. Também disse que agradecia o marido que é independente financeiramente e que, assim, ele sustenta a casa e os filhos. Para arrematar seu sofrimento ela exclamou seu sofrimento de criança, por ver o pai, também procurador, passar por dificuldades, pois usava o carro no ponto morto pra economizar combustível.

Eu não vou entrar no mérito de questão sofre a vida dela, como viveu, o que passa na rotina e, nem mesmo vou questionar o tal de merecer ou não merecer uma vida boa ou ruim. O que trago aqui é apenas uma reflexão sobre o fato de a sociedade ser formada por indivíduos. Se somos seres dotados das mesmas dimensões, por que então reações tão distintas? Será que são tão distintas mesmo? Sim, porque eu sofri por ouvir e ela sofreu por falar. Acho que os sofrimentos dela e meu, apesar de serem as mesmas expressões emocionais, incidem, existem e causam consequências muito diferentes devido a um fenômeno chamado de desconexão social.

É possível que uma pessoa com problemas emocionais, que o meu sofrimento me fez diagnosticar imediatamente ser o caso da Procuradora, possa se sentir desconectada da vida e dos problemas sociais, mesmo que sua saúde física esteja em um estado saudável, que ela seja rica e tal. A saúde emocional e a saúde física são aspectos distintos da nossa existência, e uma pessoa pode estar fisicamente saudável, mas enfrentar desafios emocionais que afetam sua capacidade de se envolver plenamente na vida social.

Pesquisando um pouco, é possível identificar que existem diversas razões pelas quais alguém pode se sentir desconectado emocionalmente e desligado dos problemas sociais, mesmo sem ter problemas de saúde física. Alguns fatores podem incluir:

Problemas de saúde mental: Questões como ansiedade, depressão, transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), transtorno bipolar ou outros distúrbios emocionais podem afetar a maneira como uma pessoa se sente consigo mesma e com os outros. Esses problemas podem causar isolamento social, sentimentos de inadequação ou até mesmo falta de interesse nas atividades diárias.

Traumas passados: Experiências traumáticas, como abuso, violência ou perda significativa, podem ter um impacto duradouro na saúde emocional de uma pessoa. Isso pode levar ao isolamento social como uma forma de autoproteção ou como resultado de dificuldades em confiar nos outros.

Baixa autoestima (não sei você, mas eu duvido que possa ser este o motivo do caso em tela): Uma baixa autoestima pode afetar a maneira como uma pessoa se percebe em relação aos outros. Sentimentos de inadequação ou falta de confiança em si mesmo podem levar ao isolamento social, pois a pessoa pode se sentir desconfortável em interagir com os outros ou acreditar que não tem nada a oferecer nas relações interpessoais.

Estresse excessivo: Altos níveis de estresse crônico podem ter um impacto significativo na saúde emocional de uma pessoa. O estresse constante pode levar à exaustão emocional e ao isolamento social como uma forma de lidar com a sobrecarga emocional.

Falta de habilidades sociais: Algumas pessoas podem ter dificuldades em desenvolver habilidades sociais adequadas para interagir com os outros. Isso pode resultar em isolamento social, pois a pessoa pode sentir ansiedade ou desconforto em situações sociais, dificultando o estabelecimento de relacionamentos significativos.

Você leitor, eu não sei, mas eu só consigo pensar efetivamente no primeiro e no último motivo como uma justificativa plausível para o fato da procuradora sofrer tanto. Não quero ou não consigo conceber que traumas passados, baixa autoestima e estresse pode ser a causa. É claro que se necessita de uma análise psicológica profunda, mas eu não sou um profissional da área e nem esse é o objetivo aqui. Só consigo, na minha posição de cidadão comum, pensar que a doutora está com a saúde mental fragilizada e que lhe faltam as habilidades sociais para compreender a um monte de coisas ao seu redor.

Não é incomum que pessoas das mais altas camadas da sociedade sejam identificadas com transtornos de bipolaridade e incapacidade de perceber como funciona a vida real da sociedade em que ela é um indivíduo determinante, inclusive, por ser uma autoridade capaz de decidir vidas e rumos de pessoas comuns pela atuação de seu trabalho cotidiano.

Por estar numa posição tão alta e viver constantemente numa bolha, pode ser que o “eu” dela não perceba quem ela é de verdade, que ela é um ser independente e que muitas das relações que ela tem são vistas por ela em um único sentido: de dentro dela e para ela somente. De outro lado, mas agindo diretamente na saúde mental dela, ela aponta a incapacidade de perceber a existência de pessoas pobres ao seu redor. Pessoas essas que não fazem ideia do que é ter filhos em escolas particulares, que muitas vezes nem filhos saudáveis têm, que possuem carros, que têm jornada de trabalho muito maior que a dela. E o pior, na minha visão, que essas pessoas retiram do seu sustento quase a metade para o custeio da estrutura em que ela está inserida.

Não quero parecer aqui um reclamão e sem nenhuma sensibilidade para entender os acontecimentos. Não a observo e julgo como um profissional, e sim como uma pessoa que está em busca também de conhecimento para entender tudo isso. No entanto, atesto ser ainda difícil, e sei que sempre será, observar esse tipo de cena que insiste em se repetir. Devemos saber e entender que todos nós sofremos e sentimos, mas que temos o dever de equilibrar nossos desígnios em busca de evolução, sob pena de sermos torturados por nós mesmos até não sobrar mais nada.

Por Rod (Veja Claramente)