Aceitação e Pertencimento. Problema pessoal, social e geracional

Mulher ao centro de várias mãos

🎸As gerações de 60 e 70 tinham um senso de pertencimento mais enraizado devido à estabilidade das estruturas sociais e culturais. As gerações de 90 em diante enfrentam maior dificuldade por causa da fragmentação das referências identitárias e da hiperexposição proporcionada pela tecnologia. 📲

Aceitação e pertencimento. O que significam? 

Tenho certeza que que você reconhece que aceitação e pertencimento são sim causas de problemas pessoais e sociais, até mesmo porque um leva ao outro consequentemente. Isso é bem evidente. Mas também sabe que essas duas “condições”, bem consolidadas e firmes em indivíduos maduros e fortes dão origem a uma força grandiosa nessas pessoas. Então, parece ser necessário que existam fatores anteriores que definem as diferenças e semelhanças entre pessoas que se aceitam, que sabem a quem e onde pertençam, e de que forma isso ocorre. Vou discorrer sobre alguns desses possíveis fatores no intuito de entender um pouco mais. Convido o leitor nesta empreitada. 

Para fins deste texto, não vou me apegar aos conceitos históricos, etimológicos das palavras e essas coisas intelectuais. Nesse momento, acho melhor me reter no significado mais amplo e prático que cada uma delas têm, considerando o que elas significam em contexto de aceitação social, resignação e assuntos de diversidade nos termos atuais. Imagine também dessa maneira: o que é aceitação? O que uma pessoa simples entende, em si mesma, sobre pertencimento. São duas palavras tão íntimas a cada um do nós, parecem tão perto como nossa própria sombra, por que aceitar e pertencer? Aceitar quem? Quem me aceitar? Eu pertenço ao aqui e agora, pertenço a mim, à família, ao meu pai, minha mãe, meu filho… pertenço a Deus. O que mais há que isso? 

Há a necessidade de uma expansão de consciência que precisa sim ser observada para entender o significado dos termos, e acho que ignoramos muito a realidade desta expansão. Não somos e não estamos sozinhos no mundo, e essa é a expansão. Se considerarmos que somos sozinhos, no nosso quarto ou na nossa casa, sem sair, aceitação e pertencimento terão um significado tão estrito que vai parecer mesmo um exagero discutir sobre a utilidade dos termos ou que eles têm tanto significado possível de observação. Mas, olha só a novidade: não somos seres isolados, sozinhos. A verdade é que somos apenas peças de uma sociedade, parte de um todo muito mais forte e importante, e nem vou colocar à prova aqui esse conceito. Quem acha que sozinho está, precisa dar um passo atrás e considerar mais alguns detalhes. Vou deixar aqui o conceito de família e casa (no sentido de que: saia de casa e não estará mais sobre sua individualidade) apenas para deixar o gancho para futuras discussões. 

Então vamos focar na realidade fática que não estamos isolados, e que invariavelmente, para existir além de nossos quartos, precisamos realmente que outras pessoas, sistemas ou sociedades precisam nos aceitar, estar presentes e atuantes. E só se é aceito se, e somente se, pertencermos a este sistema ou sociedade de forma consensual por essa sociedade ou sistema, o que nos mostra que não temos nenhum controle direto sobre as regras de aceitação e pertencimento. Zero controle, na maioria das vezes, pelo menos. Em sociedade, o que temos em nós mesmos sobre se aceitar e pertencer, em nossos “mundinhos”, simplesmente não cabe tão bem quanto sozinhos. Convencionalmente são as regras gerais à princípio, não as individuais, que vão ter mais força quando confrontadas. 

Mulher pensativa

Uma visão de mundo entre gerações 

Então, temos que aceitação e pertencimento são pertinentes porque estamos em sociedade, pois precisamos sim pertencer a grupos, aceitar regras de muitas maneiras ao passo que também apresentamos regras próprias para que aceitemos ou não pessoas em nosso convívio. Então a questão é: Por que aceitação e pertencimento ainda é causa de perturbações aos indivíduos, e de uma maneira tão extrema? Eu particularmente indico fatores geracionais como candidatos fortes à culpa. Tendo empiricamente a culpar a “visão de mundo e das coisas”, visão extremamente diferente para as três últimas gerações que estão convivendo de forma muito diretamente, compartilhando de forma inédita suas culturas, nível de instrução e suas verdades. Acho que daí nascem as perturbações. 

Eu citei as últimas três gerações, mas na verdade é melhor explicitar melhor e considerar duas: as pessoas de nascimento entre as décadas de 60 e 70 em um primeiro grupo e as pessoas que nasceram ou tiveram sua infância/adolescência a partir das décadas de 90 e os anos 2000 em outro grupo. A divisão correta ou pedagógica entre as gerações não é essa, mas aqui serve para mostrar as diferenças gritantes das visões de muito e das coisas entre elas. É realmente gritante. Perceba que deixei de fora o grupo de pessoas que nasceram nos anos 80 e meados de 90. Deixei de fora por considerar uma geração de transição. Nela temos características dos dois extremos de tal forma que, às vezes, nem dá pra saber em qual grupo um indivíduo dessa geração possa estar. A geração de 80 está de mãos ainda seguras nas rédeas e realizando a transição de tudo de um mundo para outro. A geração 80 nasceu em um mundo e entregará outro totalmente diferente, então sua visão preponderante é mista, transitiva, e não vejo que ela deseje manter sua visão para o futuro, mas fomentar a próxima

Voltando à questão, então. Aceitação e pertencimento perturba todas as pessoas sim, mas acredito que de forma diferente para as pessoas dos grupos geracionais citados. A visão de mundo e das coisas que identifico como fatores “culposos” giram em torno do contexto socioculturais entre esses grupos, principalmente no diz respeito, especificamente, a: 

  • Identidade social; 
  • Música e cultura; 
  • Pressão por autenticidade e conformidade; 
  • Influência da tecnologia. 

Para a geração antiga, percebe-se que os itens listados são percebidos de maneira diferente das percebidas pela geração nova. Se o leitor é da geração velha, conhece pessoas dessa geração ou já conversou com elas vai perceber isso facilmente. Vai perceber as nuances se ouvi-las. 

A primeira geração viveu em um mundo mais estável. Os papéis sociais eram mais definidos e os questionamentos acerca disso eram poucos frente às necessidades da época. Não que inexistiam, mas o papel da família, religião, trabalho e o ciclo de vida entre estudar, trabalhar, estabelecer família e aposentar já dava a cada um o senso de aceitação do seu dever social e pertencimento social a ser cumprido. Esta era a norma cultural e de conformidade natural. Isso era pertencer a um grupo: família, igreja, casa, escola, trabalho e aposentadoria digna com as conquistas materiais a serem passadas para a prole. 

A música e a influência tecnológica, para os primeiros geracionais, são exemplos mais marcantes, pois são os que mais mostram os indivíduos dessa geração apresentando ou expressando suas visões sobre aceitação e pertencimento. Naquela época, a música e a cultura em geral enfatizavam a rebeldia contra sistemas opressores de todos os tipos, mesmo assim, havia um senso de coletividade muito forte e mais maduro que na nova geração. Os movimentos musicais de grupo eram indicativos disso como os hippies, os punks, o movimento disco, etc. As pessoas desses movimentos eram unidas por uma visão coletiva de aceitação que sobrepujava o individualismo. Pertencer a esses grupos significava abrir mão de suas regras e aceitar as regras do grupo. Com a nova geração, não é bem assim.  

A influência tecnológica era menor que a influência das ideias do grupo. As pessoas se encontravam em grupos para conversar e expor seus pensamentos e argumentos. Era necessário falar frente a frente e ao vivo. Acredite, isso muda tudo no relacionamento entre as pessoas. No caso, verificamos que a influência da tecnologia para essa geração não foi tão fundamental pelo fato de simplesmente não ser avançada à época. Não existir celular e internet de forma como temos hoje influenciou certamente. 

Por sua vez, a nova geração teve sua visão de mundo alterada para esses mesmos quesitos. Para a identidade social e influência tecnológica, creio que são o ponto de partida essencial para as diferenças para a visão de mundo e das coisas. A estabilidade da velha geração não é a mesma aqui. Com a tecnologia, internet e redes sociais veio a hiperconectividade, globalismo, individualismo e a consequente fragmentação dos referenciais que eram tão fortes antigamente. 

Quando se fala sobre os quesitos música e cultura e a pressão por autenticidade, percebe-se que a nova geração se tornou tão plural nisso, com tantas variedades de opções disponíveis, tanta informação e caminhos a seguir que a própria identidade individual se tornou fragmentada e fluída ao ponto de gerar mais questionamentos ainda sobre pertencimento e aceitação. Agora, ao invés de pertencer a um grupo pela música ou alguma linha cultural, a pessoa tem a sua própria, para si, onde existe apenas ela mesma com seu fone, sua playlist e sua série. Ninguém mais é aceito ali. Nem pai, nem mãe, nem irmã, nem esposo e nem filhos. 

Uma dificuldade da nova geração

Com tudo isso, a nova geração ainda é pressionada para se encaixar, para ser autêntica. Fico pensando em como isso seria, pois a fragmentação de referências sociais básicas foi intensificada. Não há mais, para a nova geração, a unidade consensual sobre o papel de família, trabalho, religião, amizade, etc. Cada indivíduo da nova geração é um mundo isolado mesmo numa sociedade globalizada. Mesmo com mais pessoas, mais cultura, mais diversidade e mais informação, as novas pessoas se excluíram mutuamente. É uma contradição difícil de lidar. A nova geração não tem critérios de aceitação e pertencimento nem pra elas mesmas em seus próprios quartos. É evidente que a nova geração cresceu com expansiva oferta de oportunidades e opções tais que a melhor escolha é ficar parado, isolado, aguardando sem prosseguir.  

Um novo nível de comparação social e autoavaliação agora existe, dificultando o pertencimento, e ele vem agora de fora, de uma tela, não mais do próprio indivíduo com os seus semelhantes sociais. Fica fácil entender o porquê as duas gerações divergem a visão de mundo e das coisas quando se fala em aceitação e pertencimento. É porque são mesmo visões muito deturpadas de conceitos que eram estabelecidos e que foram fragmentados rápido demais e sem que houvesse realmente essa deturpação. Ou seja: olha-se agora para o conceito de família e cultura, por exemplo, de forma diferente, sem que houvesse, de fato, mudança no conceito de família. E ninguém questionou a visão deturpada. Só sobrou se perturbar por não aceitar ou ser aceito e não pertencer a nada.  

Homem na montanha

Tentando concluir a visão 

A grosso modo, e com tudo que foi exposto, podemos resumir que as gerações de 60 e 70 tinham um senso de pertencimento mais enraizado devido à estabilidade das estruturas sociais e culturais, enquanto as gerações de 90 em diante enfrentam maior dificuldade por causa da fragmentação das referências identitárias e da hiperexposição proporcionada pela tecnologia e a nova ordem de coisas que dela veio. 

Vimos que os fatores foram os mesmos para as duas gerações e que, apesar de poucas mudanças, ou quase nenhuma, que sejam fundamentais nesses fatores – música ainda é música e trabalho ainda é trabalho, as visões mudaram muito. Talvez a única diferença entre as visões tenha um aspecto de escassez, de entender o que é suficiente para ser aceito e para pertencer a algo. Parece que para a geração antiga não era preciso muita coisa para se sentir aceito e pertencer aos grupos e ao mundo. A nova geração parece precisar de mais, ela tem mais critérios para atender. Muitos critérios e variáveis que trouxeram, de fato, paralisia. 

De toda forma, aceitação e pertencimento, independente da geração a que um indivíduo pertença, não podem ser ignorados, pois é impossível. Da maneira que o leitor encarar esse tema em sua vida deverá fazê-lo com atenção. Ignorar só vai piorar as relações e entender como funciona pode melhorar a vida social e individual, uma vez que o próprio indivíduo precisa se aceitar e pertencer ao seu próprio papel no mundo, mesmo que o mundo seja seu próprio quarto. Você precisará ser aceito pela pessoa do espelho. 

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O segredo para nunca se sentir aceito? Ignore séculos de conhecimento!

homem triste com celular na mão

📝 Este artigo explora como a busca moderna por aceitação e pertencimento foi distorcida pelo imediatismo das redes sociais e da superficialidade digital. Enquanto as gerações passadas cultivavam conexões autênticas baseadas na convivência e no propósito, hoje muitos ignoram a sabedoria antiga e caem na armadilha da validação instantânea. 😫

Imagine o seguinte cenário: você está rolando o feed das redes sociais e, de repente, vê aquela enxurrada de gente “vivendo a melhor vida”, cheia de amigos, viagens e frases motivacionais clichês. Você não se sente aceito, que não pertence a lugar nenhum, que está sempre fora do círculo, sempre buscando aceitação. Mas e se eu te disser que o manual para lidar com isso já existe há séculos e você simplesmente ignora? Pois é, bem-vindo ao clube da superficialidade moderna! 

O conhecimento estava bem aqui o tempo todo 

Desde os tempos antigos, filósofos, pensadores e psicólogos vêm debatendo sobre aceitação e pertencimento. Aristóteles já dizia que somos seres sociais. Os estoicos, por outro lado, ensinavam a buscar a paz interior independente da opinião alheia. A psicologia moderna explica os mecanismos de validação e pertencimento, e a história nos mostra como comunidades fortes sempre foram essenciais para a humanidade. Então por que, em plena era da informação, ainda sofremos tanto com isso? 

A resposta é simples: ignoramos o conhecimento antigo e preferimos atalhos fáceis que só pioram o problema. 

O culto à superficialidade 

Vivemos numa época em que tudo precisa ser rápido, fácil e instantâneo. Quer aprender algo? Um vídeo de 30 segundos no TikTok resolve. Quer um relacionamento? Só deslizar para a direita. Quer se sentir aceito? Posta uma selfie bem produzida e espera os likes chegarem. 

Mas aqui está o problema: aceitação e pertencimento reais não vêm disso. A necessidade de pertencer é intrínseca ao ser humano, mas quando buscamos isso na validação instantânea das redes sociais, nos desconectamos de nós mesmos e dos outros. E quanto mais ignoramos o conhecimento antigo que nos ensinaria a lidar com essa necessidade, mais presos ficamos nesse ciclo de superficialidade. 

homem sozinho olhando as redes sociais
homem sozinho olhando as redes sociais

Use sim as ferramentas digitais para seu desenvolvimento. No entanto, fique atento para não se iludir com o falso senso de realidade. E a realidade é que sua felicidade não vem dos likes ou comentários. (Por Rod).

Por que as gerações antigas pareciam lidar melhor com isso? 

Se você comparar as gerações de 60/70 com as de 90 pra frente, verá uma grande diferença na forma como lidavam com aceitação e pertencimento. No passado, as pessoas tinham círculos sociais mais estáveis: família, vizinhos, amigos de infância. O pertencimento era construído na convivência, e a aceitação vinha do que você fazia, não de quantos seguidores tinha. 

Hoje, somos bombardeados por referências externas que mudam a cada minuto. Se não acompanhar, você está “por fora”. Se não se encaixar, fica isolado. Mas será que precisa ser assim? 

O que podemos aprender com o passado? 

  1. Aceitação começa dentro de você: Os estoicos já diziam: não tente controlar o que está fora, apenas seu próprio pensamento. Quer pertencer a algum lugar? Primeiro, aceite quem você é. 
  1. Relacionamentos reais valem mais que seguidores: Antes, as pessoas construíam conexões genuínas. A amizade não dependia de curtidas, mas de presença. 
  1. Aprofunde-se em algo: Quem estuda filosofia, história ou psicologia entende os padrões humanos e aprende a lidar melhor com as próprias inseguranças. 

Quer se Sentir mais aceito? Desconecte-se! 

A ironia é que, quanto mais buscamos aceitação nos lugares errados, mais nos sentimos deslocados. O segredo não é seguir todas as tendências ou viver para agradar os outros, mas entender que pertencimento verdadeiro vem da autenticidade. E isso, meu amigo, não está no seu feed, mas sim em séculos de sabedoria que você pode (e deveria) aproveitar. 

Então, que tal fazer diferente? Saia um pouco da bolha digital, busque conhecimento real e experimente conexões mais profundas. Pode ser que a aceitação que você tanto procura já esteja mais perto do que imagina. 

amigos rindo sem celulares
amigos rindo sem celulares

Lembre-se do Fator Cotidiano Familiar. É um dos fatores que você terá que lidar diariamente. Considere a relação com sua família e seus amigos como determinantes para seu bem-estar. (Por Rod).

👉 Leia, ouça ou assista ao vídeo sobre os fatores Cotidianos nesse artigo: Modelo Veja Claramente – Parte 3: Os Fatores Cotidianos

Por IA Veritas Magnus

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O Estoicismo

imagem de um filosofo

📖 Um breve resumo do que é a filosofia estoica.

O estoicismo é uma filosofia antiga que começou no início do século III aC. Começou na Grécia antiga e foi desenvolvido em Roma. A filosofia estoica ensina que a virtude e a razão são as chaves para uma vida feliz e significativa. Os estoicos acreditavam que a vida era governada pela razão divina e que os indivíduos deveriam se esforçar para viver em harmonia com essa razão divina.

Os estoicos também enfatizaram a importância do autocontrole e da aceitação das coisas como elas são, em vez de se preocupar com coisas que não podem controlar. Eles acreditavam que a verdadeira liberdade vem de estar livre de emoções negativas, como a raiva e o medo, e que a virtude é o único bem verdadeiro.


Escritores estóicos famosos incluem:

Zenão de Citium (334-262 aC): Fundador dos estoicos.

Cleanthes (331 aC–232 aC): sucessor de Zenão como líder estoico e autor de muitos poemas sobre a filosofia estoica.

Crisipo de Solos (280 aC-206 aC): Um dos mais importantes filósofos estoicos, que escreveu mais de 700 obras e codificou a doutrina estoica.

Sêneca (4 aC-65 dC): filósofo, dramaturgo e político romano, um dos estoicos mais famosos, escreveu sobre ética, política e retórica.

Epiteto (55 dC – 135 dC): filósofo greco-romano, autor de muitas obras sobre ética e moral, conhecido por sua abordagem prática da filosofia estoica.

Marco Aurélio (121 dC – 180 dC): imperador romano e filósofo que escreveu Meditações, um livro sobre filosofia estoica e sua aplicação à vida cotidiana.

Por Rod (Veja Claramente)